Saudações, meus queridos amigos. Que Deus abençoe esta reunião; Deus abençoe a todos.
Eu vou discutir agora um dos
círculos viciosos, muito comum entre os seres humano. Até certo ponto, ele
opera em toda a alma humana. Na maior parte do tempo ele vive no subconsciente,
embora certas partes do círculo possam ser conscientes. É importante neste
Pathwork que você siga esse círculo até revelá-lo por inteiro pois, do
contrário, não poderá dissolvê-lo. Minhas palavras são dirigidas, não tanto à
sua mente consciente, ao seu intelecto, mas ao nível dos seus sentimentos, onde
esse círculo vicioso tem a sua existência.
Mesmo que tenha consciência de
algumas partes desse círculo vicioso use estas palavras para procurar por todas
as outras partes das quais você ainda não é consciente. Talvez existam poucos
entre vocês que não tenham sequer a mínima consciência de nenhuma parte desse
círculo. Nesse caso, minhas palavras vão guiá-los para tomas ao menos uma parte
dele consciente. Isso não será tão difícil porque muitos dos seus sintomas vão
mostrar-lhe facilmente que, embora inconsciente, um círculo desse tipo
realmente vive no seu íntimo.
Entretanto, não pense que isso
significa que você conscientemente pensa e reage de acordo com esse círculo
vicioso; perceba que ele está oculto. Cabe a você tornar consciente essa reação
em cadeia ao trabalhar neste Pathwork de autodescoberta e de
autodesenvolvimento. Torna-se consciente dessas correntes vai proporcionar-lhe
liberdade e vitória.
A maioria de vocês percebe que
existe um modo ilógico de pensar, de sentir e de reagir em cada personalidade,
mesmo que no nível consciente vocês sejam mais lógicos. Tudo no inconsciente é
primitivo, ignorante e com frequência ilógico, embora ele siga uma certa lógica
limitada que lhe é própria.
O círculo vicioso que é o meu
assunto desta noite começa na infância, onde todas as imagens são formadas. A
criança é indefesa: ela precisa de cuidados; ela não pode susterse sobre as
próprias pernas; ela não pode tomar decisões maduras; ela não pode ser livre de
motivações fracas e egoístas. Por consequências, a criança é incapaz de sentir
um amor altruísta. O adulto maduro desenvolve-se em direção a esse amor desde
que a personalidade amadureça harmoniosamente e contanto que nenhuma das
reações infantis permaneça oculta no inconsciente. Se isso acontece, apenas uma
parte da personalidade vai crescer, enquanto outra parte – por sinal muito
importante – continuará imatura. Existem muito poucos adultos tão maduros
emocional quanto intelectualmente.
A criança quer amor exclusivo
A criança entra em contato com um
ambiente mais ou menos imperfeito que traz à tona os seus problemas interiores.
A criança em sua ignorância anseia por um amor exclusivo que não é humanamente
possível. O amor que ela quer é egoísta: ela não quer dividir amor com outros,
com irmãos ou irmãs ou mesmo com um dos pais. A criança com frequência tem
ciúmes de ambos os pais. Contanto, se os pais não se amam, a criança sofre
ainda mais.
Assim, o primeiro conflito surge
de dois opostos. Por um lado, a criança deseja o amor de ambos os pais
exclusivamente; por outro lado, ela sofre se os pais não se amam. Uma vez que a
capacidade de amor de qualquer pai ou mãe é imperfeita, a criança não
compreende que apesar da imperfeição a maioria dos pais é ainda assim
plenamente capaz de amar mais de uma pessoa. Todavia, a criança se sente
rejeitada e excluída se o pai ou mãe também amam a outros. Em resumo, os
anseios da criança jamais podem ser satisfeitos. Ademais, sempre que esta é
impedida de ter as coisas a sua maneira, ela toma esse fato como uma “prova”
adicional de que não é amada suficientemente.
Essa frustração faz com que a
criança sinta-se rejeitada, o que, por sua vez, causa ódio, ressentimento,
hostilidade e agressão. Essa é a segunda parte do círculo vicioso. A
necessidade do amor que não pode ser satisfeita gera ódio e hostilidade em
relação às mesmas pessoas a quem mais se ama. Falando de modo geral, esse é o
segundo conflito do ser humano em crescimento. Se a criança odiasse alguém a
quem ela não amasse ao mesmo tempo, se ela amasse à sua própria maneira e não
desejasse amor em retorno, tal conflito não poderia surgir.
O fato de existir ódio pela
própria pessoa que se ama muito cria um importante conflito na psique humana. É
óbvio que a criança sente-se envergonhada dessas emoções negativas e portanto
coloca esse conflito no inconsciente, onde ele se torna como que uma infecção.
O ódio causa culpa porque a criança aprende desde cedo que é mau, errado e
pecaminoso odiar, particularmente os próprios pais, a quem se deve amar e
honrar. É essa culpa, vivendo no inconsciente, que na personalidade adulta
causa toda sorte de conflitos internos e externos. Além do mais, as pessoas não
tem consciência das raízes desses conflitos até que decidam descobrir o que
está oculto no seu subconsciente.
Medo do castigo, medo da
felicidade
Essa culpa tem uma outra, também
inevitável, reação. Ao se sentir culpado, o inconsciente da criança diz: “Eu
mereço ser castigado”. Assim, um medo do castigo surge na alma, o qual,,
novamente, é quase sempre totalmente inconsciente. Não obstante, as
manifestações podem ser encontradas em vários sintomas, os quais se
acompanhados até o fim, conduzirão às reações em cadeia que descreverei a
seguir.
Com esse medo do castigo
inicia-se uma outra reação na qual, sempre que você está feliz e sente prazer,
apesar de esse ser um anseio natural, você sente que não o merece. A culpa por odiar aqueles que
mais ama convence a criança que não é merecedora de nada que seja bom, alegre
ou prazeroso. A criança sente que se ela tivesse que ser feliz
algum dia, o castigo, que parece inevitável, seria ainda maior. Portanto a
criança evita inconscientemente a felicidade, pensando dessa forma dar uma
compensação e assim evitar uma punição ainda maior. Essa fuga da felicidade
cria situações e padrões que sempre parecem destruir tudo que é mais ardentemente
desejado na vida.
É esse medo da felicidade que
leva uma pessoa a todos os tipos de reações, sintomas, esforços não saudáveis,
manipulações de emoções e até mesmo a ações que indiretamente criam padrões que
parecem acontecer involuntariamente, sem que a personalidade seja responsável
por eles. Assim, um outro conflito passa a existir. Por um lado, a personalidade anela por felicidade
e satisfação; por outro, um medo da felicidade impede a satisfação. Embora o desejo de felicidade jamais
possa ser erradicado, ainda assim, devido a esse sentimento de culpa
profundamente oculto, quanto mais se deseja a felicidade, mais culpado se sente.
Ora, o medo de ser punido
e o medo de não merecer a felicidade cria uma outra reação, ainda mais complicada.
A mente inconsciente pensa: “eu tenho medo de ser punido pelas outras pessoas,
embora saiba que o mereço. É muito pior ser punido pelos outros, porque estarei
realmente à mercê deles, sejam pessoas, seja o destino, Deus ou a própria vida.
Mas, talvez, se eu mesmo me punisse, poderia ao menos evitar a humilhação, a
exposição e a degradação de ser punido por forças externas a mim mesmo”. Os
conflitos básicos de amor e ódio, de culpa e medo do castigo existem em toda
personalidade humana. O desejo compulsivo de autopunição, devido a conclusões
errôneas e ignorantes, existe em algum grau em todo ser humano.
Assim, a personalidade inflige um castigo a si mesma. Isso pode ocorrer
de várias maneiras: por doença física produzida pela psique ou por vários
infortúnios, dificuldades, fracassos ou conflitos em qualquer área da vida. Em cada
caso a área afetada depende da imagem pessoal que a criança formou e carregou
durante essa vida até que ela seja descoberta, e com o tempo, dissolvida.
Portanto, caso exista uma imagem relacionada com a profissão ou a carreira, por
exemplo, ela será fortalecida pelo desejo inerente de autopunição; dificuldades
nesse aspecto surgirão constantemente na vida conjugal, o mesmo se aplicará
nesse caso.
Portanto, se e quando você não
for bem sucedido em um desejo consciente e legítimo ao olhando para a sua vida
você descobrir que a satisfação desse desejo consciente foi constantemente
frustrada, formando um padrão, como se você nada tivesse a ver com isso (como
se o destino cruel se tivesse abatido sobre você), pode estar certo de que não
apenas uma imagem e uma conclusão errônea existem em seu interior, mas que,
além disso, a necessidade de autopunição também está presente.
Outra relação em cadeia nesse
círculo vicioso é a divisão da personalidade em suas corrente de desejo. A
divisão original entre amor e ódio, que iniciou o círculo vicioso, causa mais
divisões, como você pode ver claramente agora. Um desses sentimentos
conflitantes é a necessidade de autopunição, porém, por outro lado, o desejo de
não ser punido coexiste com ele. Por conseguinte, uma parte oculta da psique
humana argumenta: “Talvez eu possa evitá-lo. Talvez eu possa compensar de outra
maneira a minha grande culpa por odiar”. Essa compensação imaginária significa
uma espécie de barganha. Ela é feita pelo estabelecimento de um padrão tão alto
para si mesmo que é impossível atingi-lo na realidade. A pequena voz
interior argumenta: “Se eu for perfeito, se eu não tiver falhas nem fraquezas,
se eu for o melhor em tudo que fizer, então eu posso compensar o meu ódio e
ressentimento no passado”. E, uma vez que essa voz foi, num certo
ponto, reprimida para o inconsciente, ela não morreu; ela continua viva no
presente.
Duas consciências
Você só pode superar alguma coisa
se puder ventilá-la. É por isso que o mesmo velho ódio ainda dura em você. É
também por esta razão que você se sente constantemente culpado. Caso fosse
realmente uma questão do passado, você não sentiria essa culpa aguda todo o
tempo, mesmo que não seja consciente. Você pensa que, sendo tão perfeito, pode
fugir do castigo. Dessa forma, uma segunda consciência está sendo criada.
Na realidade, existe apenas uma consciência: é o Eu
Superior, que é eterno e indestrutível; ele é a centelha divina de cada ser
humano. Não confunda essa consciência com a segunda consciência, que foi
artificialmente criada pela compulsão de compensar um suposto pecado, ou mesmo
uma falha verdadeira. Nem pecados imaginários, nem falhas reais
podem ser compensados por essa consciência artificial e superexigente. Na
realidade, ninguém precisa ser punido. Como todos vocês já sabem, o modo de
eliminar falhas verdadeiras é muito diferente e muito mais construtivo. Se e
quando você finalmente diferenciar esses dois tipos de consciência, terá dado
um grande passo à frente.
A segunda consciência, compulsiva, faz exigências impossíveis de
serem atendidas. O que acontece quando você não pode atingir essas metas?
Inevitavelmente, o resultado será um sentimento inadequação e inferioridade.
Uma vez que você não sabe que os padrões da sua consciência compulsiva são
irracionais, irreais e impossíveis de realizar, e uma vez que você acredita,
atrás da sua muralha de separação, que os outros podem ter sucesso enquanto apenas
você não pode, você se sente completamente isolado e envergonhado, com o seu
segredo carregado de culpa de não apenas odiar, mas de também ser bom e puro.
A segunda consciência é motivada por fraqueza e medo. Ela é muito
orgulhosa para perceber que você simplesmente não pode ser tão perfeito, ainda.
Ela também é por demais orgulhosa para permitir que você se aceite como é
agora. Portanto, você necessariamente vai se sentir inferior, porque não é
capaz de adequar-se a esses elevados padrões. Todos os sentimentos de
inferioridade na natureza humana podem ser reduzidos a esse denominador comum.
Enquanto esse fato não for sentido e experimentado, você não pode abandonar os
sentimentos de inferioridade. Você tem que passar pelas emoções que o criaram. Somente então dissolverá
a reação em cadeia ponto por ponto e criará novos conceitos no interior do se
Eu emocional.
As racionalizações que você usa
para explicar os seus sentimentos de inferioridade, quaisquer que sejam elas,
nunca são a verdadeira causa. Na verdade, outras pessoas podem ser mais
bem-sucedidas de um modo ou de outro, mas isso por si mesmo nunca poderia fazê-lo
sentir-se inferior. Sem os seus padrões artificialmente elevados, você não
sentiria a necessidade de ser melhor que, ou pelo menos tão bom quanto, os
outros em todos os campos de sua vida. Você poderia aceitar com equanimidade
que outros são melhores ou têm melhor desempenho em algumas áreas, enquanto
você tem vantagens que outros podem não ter. Você não teria que ser tão
inteligente, tão bem-sucedido, tão bonito quanto as outras pessoas. Esse jamais
é o verdadeiro motivo para os seus sentimentos de inadequação e inferioridade!
Essa verdade é sustentada pelo fato de que as pessoas mais brilhantes, mais
bem-sucedidas, mais bonitas comumente têm sentimentos de inferioridade mais
sérios que outras que são menos brilhantes, menos belas ou menos bem-sucedidas
Perpetuação da inadequação e da
inferioridade
Essa inadequação e inferioridade
servem para fechar ainda mais essa círculo vicioso. Novamente, a sua vozinha
interior argumenta: “Eu fracassei. Sei que sou inferior, mas, talvez, se eu
pudesse pelo menos receber uma grande quantidade de amor, de respeito e de
admiração dos outros, isso traria a mesma satisfação pela qual eu
originariamente ansiava e que me foi negada no passado, colocando-me assim
forçosamente numa posição de odiar e de criar todo esse círculo vicioso. A
admiração e o respeito dos outros seriam também a prova de que eu estava
justificado, pois é possível agora receber o que meus pais negaram. Isso vai
mostrar também que eu não sou tão inútil quanto suspeito quando falho em
corresponder aos padrões da minha consciência compulsiva”.
Naturalmente, esses pensamentos
nunca são elaborados conscientemente; contudo, esse é o modo como as emoções
argumentam sob a superfície. Portanto, o círculo fecha onde começa, e a
necessidade de ser amado torna-se muito mais compulsiva do que era
inicialmente. Todos os diversos pontos das reações em cadeia tornam a
necessidade muito mais forte. Além disso, sempre existe uma suspeita de que o
ódio era injustificado – o que é verdade, mas em um sentido diferente.
A personalidade sente no
inconsciente que, se esse amor realmente existe, então a criança estava certa e
seus pais, ou quem quer que tenha negado amor a você, estavam errados. Assim, o
anseio por amor torna-se cada vez mais tenso. Uma vez que essa necessidade
jamais pode ser satisfeita – e quanto mais isso se torna aparente, maior se
torna a culpa – todos os pontos seguintes no círculo vicioso tornam-se cada vez
piores à medida que a vida avança, sempre criando mais problemas e conflitos. Só
quando você deseja amor de uma maneira saudável e madura e, apenas quando você
está disposto a amar na mesma medida em que deseja ser amado, é que o amor virá.
Lembre-se de que a personalidade
em que esse círculo vicioso é forte jamais pode assumir esse risco enquanto continuar
a desejar o imaturo amor infantil. Já que ela não pode arriscar nada pelo amor,
ela não sabe como amar de forma madura. A criança não tem a obrigação de
assumir esse risco, mas o adulto tem. A criança interior tem apenas o desejo e
o anseio imaturo por amor e quer ser amada e acarinhada, cuidada e admirada
mesmo por pessoas a quem ela não tem intenção de retribuir o amor. E com as
pessoas a quem ela tem a intenção de retribuir, em certa medida, a proporção
entre sua disposição de dar e sua necessidade compulsiva de receber é muito
desigual.
Em razão desse desequilíbrio,
esse esquema jamais poderá funcionar, pois a Lei Divina é sempre justa e
equilibrada. Você nunca
recebe mais do que investe. Quando você investe livremente pode
ser que não receba de volta imediatamente da mesma fonte em que você o
investiu, porém em algum momento ele deverá fluir de volta para você, desta vez
em um círculo benigno. O que você dá influirá de volta, contando que você não
dê em fraqueza, com o intuito de provar alguma coisa. Se os motivos para o amor
limitado que você dá forem inconscientemente baseados nesse círculo vicioso,
você jamais poderá receber amor de volta. O amor que você deseja na ideia
equivocada de que vai deixá-lo quite não é a resposta. Em outras palavras, você
procura um remédio que não serve para a sua doença, portanto a sua fome de amor
permanecerá, sem ser aplacada. É como um poço sem fundo. Assim se fecha o
círculo.
A dissolução do círculo
O seu trabalho neste Pathwork é
descobrir esse círculo dentro de você mesmo, vivenciá-lo, particularmente
quanto a onde, a onde, a como e em relação a quem vive no seu interior. Tudo
isso tem que se tornar uma experiência pessoal antes que você possa realmente
dissolvê-lo. Se você deixar que esse círculo seja apenas um conceito
intelectual, sem revivê-lo emocionalmente, o seu conhecimento não irá ajudá-lo.
Repetindo: se você não
puder identificar os vários pontos desse círculo vicioso nas suas emoções, a
existência dessa reação em cadeia será apenas mais um dado de conhecimento
teórico que você absorveu, inteiramente à parte de suas emoções. Uma vez que
você descubra esse círculo no seu trabalho pessoal, será possível rompê-lo, mas
só depois de perceber onde se encontram as premissas erradas.
Você terá de ver que quando
criança você tinha justificativa para o fato de ter certos sentimentos,
atitudes e incapacidades que agora são obsoletos. Terá também que apreender a ser tolerante com as suas
emoções negativas. Você tem que compreendê-las. Tem de descobrir
onde você se desvia do seu conhecimento consciente nas suas tendências,
exigências e desejos emocionais. Pode ser que você saiba, e até pregue,
que tem que dar amor sem estar tão preocupado em receber, mas todos vocês, nas
suas emoções, ainda se desviam desse conceito intelectual.
A discrepância tem que se tornar
completamente consciente antes que você possa ter esperanças de romper o
círculo. Somente depois de ter-se dado conta de tudo isso e de tê-lo absorvido,
depois de ter pensado sobre a irracionalidade de certas emoções até aqui
ocultas, é que elas começarão a mudar de forma lenta e gradual. Não espere que
elas mudem no exato momento em que você compreenda a sua falta de razão.
Quando você enfrenta essas
emoções – sua ignorância, seu egoísmo e sua imaturidade – sem ficar
envergonhado, e aplica o seu conhecimento consciente a elas, controlando-se
sempre que resvalar gradualmente mais e mais conclusões errôneas. Cada
ato de reconhecimento o ajudará a romper o seu círculo vicioso. Assim, você se
tornará livre e independente.
A alma humana contém toda a
sabedoria, toda a verdade de que precisa, mas todas essas conclusões errôneas a
encobrem. Tornando-as conscientes e, então, trabalhando-as ponto a ponto, você
finalmente conseguirá liberar a sua voz interior de sabedoria que o orienta de
acordo com a consciência divina, segundo o seu plano pessoal.
Quando a Lei Divina é violada nas
suas reações internas e externas inexoravelmente a sua consciência divina o
conduz de um modo tal que restaure a ordem e o equilíbrio na sua vida. Vão
ocorrer situações que parecem castigos, quando na verdade são o remédio para
colocá-lo na trilha certa. Não importa onde ou quando você se desvie, o equilíbrio
tem que ser restabelecido, de forma que, através das suas dificuldades, você
finalmente chegue ao ponto em que muda a sua direção interna. Você vai se
modificar não necessariamente em suas ações exteriores e conscientes, mas nas
suas exigências e metas infantis e inconscientes.
Portanto, queridos amigos,
trabalham todo esse círculo vicioso e percebam como ele é atuante nas suas
vidas pessoais.
Alguma pergunta?
PERGUNTA: O que
acontece com uma criança cujo ódio e hostilidade se expressam abertamente? Essa
criança ainda assim teria um sentimento de culpa?
RESPOSTA: Essas
manifestações externas ocorrem com frequência em crianças. Sempre que uma
criança tem um dos chamados acessos de raiva, essas emoções vêm para o campo
aberto. Invariavelmente, porém, a criança é repreendida e aprende como isso é
“mau”. Isso fortalece a necessidade de manter oculto o verdadeiro significado
desses acessos. E mesmo que o ódio seja, às vezes, inteiramente consciente,
mais tarde ele é geralmente suprimido. Então, os mesmos acessos de raiva podem
continuar internamente no adulto, sem limite de idade, e cessar apenas quando
esse círculo vicioso é trazido para a consciência. Algumas pessoas podem
desenvolver doenças que são uma forma de ataque de raiva infantil, ou podem
simplesmente tornar a vida difícil para aqueles que as cercam. Por meio de sua
infelicidade, essas pessoas infligem constantemente dificuldades aos outros,
com o objetivo de impor sua vontade e sua necessidade compulsiva de receber a
utopia pueril de amor e cuidado perfeitos. Isso pode acontecer em vários graus.
Às vezes é bastante óbvio; outras vezes é muito mais sutil e camuflado. O que
as pessoas dizem quando indulgem em tal comportamento é: “Eu estou infeliz.
Veja tem que tomar conta de mim. Você tem que me amar”. Isso é uma “birra”
infantil sem a manifestação exterior da criança. O simples fato de que essa
hostilidade possa por vezes ser expressa abertamente na infância não quer dizer
necessariamente que não possa ser suprimido mais tarde.
Abençoados sejam todos vocês,
todos os meus amigos que leem estas palavras. Levem consigo essas bênçãos,
deixem que elas fortaleçam a sua coragem, a sua força de vontade no Pathwork de
autodescoberta. Essa é a única libertação dos seus altos padrões compulsivos
que os fazem sentir culpados e não merecedores daquilo que Deus quer que
tenham: felicidade, luz, amor. Fiquem em paz, meus queridos amigos. Fiquem com
Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário