- CAPÍTULO 15 - O CONFLITO ENTRE AS FORMAS POSITIVA E NEGATIVA DO PRAZER COMO ORIGEM DA DOR

 Saudações, meus queridos amigos. Novas bênçãos para todos e cada um de vocês; para cada passo, cada esforço que vocês empreendem na sua jornada para a libertação.

Como prefácio a esta palestra, eu gostaria de discutir o significado da dor e a sua causa real. A dor é o resultado do conflito. Ela ocorre quando duas direções opostas coexistem numa personalidade. A direção das forças universais criativas orienta-se para a luz, para a vida, para o crescimento, o desdobramento, a afirmação, a beleza, o amor, a inclusão, a união e o prazer supremo. Sempre que essa direção é contrariada por outra, criase a dor, mas o desequilíbrio e um tipo especial de tensão causada pela direção oposta. É isso que causa o sofrimento.

Vida e antivida

O princípio que exponho aqui mostra-se verdadeiro em todos os níveis. Na realidade, ele é verificável no nível físico. O sistema físico, como os outros sistemas ou planos, também se esforça por alcançar a integridade e a saúde. Quando uma força perturbadora puxa numa direção oposta, o conflito das duas direções cria a dor.

Quando lutamos contra a perturbação de forma ineficaz, e a personalidade quer saúde, ela nega que também quer a não-saúde. Uma vez que o esforço pela não-saúde é reprimido e ignorado, a luta pela saúde fica ainda mais tensa. Essa é a origem da dor. Se a personalidade tivesse consciência de querer a saúde bem como a não-saúde, o conflito cessaria instantaneamente, pois este último desejo não pode ser mantido; apenas o primeiro pode ser sustentado. É a inconsciência que cria o abismo entre causa e efeito. A causa é o desejo negativo; o efeito é a perturbação no sistema. Os dois impulsos persistem, e a dor começa a existir.

Porém, quando esse processo é plenamente compreendido e as consequências temporárias, ainda que inevitáveis, do desejo negativo são aceitas, o individuo pode permitir-se penetrar nessa dor agora existente, e a dor cessa, inevitavelmente. Essa não é uma maneira destrutiva de abraçar a dor ou um elemento masoquista, autopunitivo, que abriga e perpetua em si um desejo negativo. É uma plena aceitação daquilo que é- e com isso a dor cessa. Esse é o princípio, por exemplo, do parto sem dor. É o princípio do nãoconflito. É o princípio que Jesus Cristo expôs quando disse, “não resistais ao mal”.

Nos planos mental e emocional existe algo semelhante. Quando o conflito é plenamente compreendido e aceito como uma manifestação temporária, como um efeito – aceito como tal sem finalidade, e ainda assim com consciência da retidão dessas consequências - a dor mental ou emocional cessa. Isso não acontece quando o negativo é desejado pois, como vimos, esse querer simplesmente cria a nova direção, contrária à direção original, positiva. Tampouco pode acontecer pelo abandono do princípio afirmativo, mas sim pela compreensão do agora, do presente. Então cessam as dores mental e emocional, assim como a dor física cessa quando o impulso oposto é abandonado. Tudo isso é verificável e tem sido verificado em todo o mundo. Todos vocês que estão neste Trabalho do Caminho”   de autorrealização já o experimentaram, pelo menos ocasionalmente.

No plano espiritual, meus amigos, é diferente. É diferente porque o plano espiritual é a causa, enquanto todos os outros planos ou esferas são efeitos. O plano espiritual é a origem da direção positiva. Ele não contém, e não pode conter, uma direção negativa. A direção negativa cria e é criada por várias atitudes incompatíveis com a origem de toda a vida. O plano espiritual é a própria unidade e, portanto, o conflito, direções opostas e, consequentemente, a dor, são impensáveis ali.

É muito importante compreender, meus amigos, que o negativo só pode ser desejado por uma parte da personalidade, nunca por toda ela. Sempre haverá uma outra parte da psique que se opõe violentamente ao desejo negativo, de forma que a dor certamente será produzida. No nível físico, assim como um estágio passageiro, na compreensão de que ele é o efeito de uma causa inadvertida e uma perturbação apenas momentânea. Nessa compreensão e aceitação o indivíduo interrompe o conflito. Ele aceita o negativo sem finalidade e com uma atitude objetiva, não indulgente.

A dor e o sofrimento são sempre o resultado do impulso de duas tendências sobre a personalidade, tendências que são as direções da vida e da antivida. Elas também podem ser chamadas às direções amor/ódio e positiva e negativa. As camadas externas da personalidade devem sofrer enquanto a união não e alcançada. A união, ou unidade, existe apenas na realidade plena do princípio criativo cósmico. É extremamente importante, meus amigos, compreender o que digo aqui, porque essa compreensão abrirá novas portas.

O desejo pelo negativo

Toda a diferença reside em estar ou não consciente dos próprios desejos negativos. Existem, é claro, degraus de consciência. É possível ter consciência deles de um modo casual, superficial, ou ter obtido uma importante percepção da sua existência, porém diluir essa consciência. Quanto mais consciente você estiver de um desejo deliberado pelo negativo, mais estará no controle de si mesmo, da vida, e menos se sentirá vitimando, indefeso e fraco.

Quando uma entidade não tem consciência do seu desejo deliberado do negativo, o sofrimento é infinitamente maior que qualquer sofrimento ou dor que pode seguir-se quando o indivíduo está consciente de que ele mesmo quis isso. A falta dessa consciência cria inevitavelmente um clima psíquico no qual o indivíduo se sente identificado como vítima. A separação entre causa e efeito na consciência de uma pessoa cria confusão, dúvida e desesperança. No momento em que tenha sido alcançada a percepção do desejo negativo, você pelo menos sabe o que causa as suas dificuldades exteriores e situações indesejáveis. Mesmo antes que seja capaz da sua existência, simplesmente saber que você criou as manifestações indesejáveis vai transformá-lo numa pessoa livre.

Aqueles dentre vocês que trilharam esses caminhos interiores iniciais que levam à consciência dos seus desejos negativos devem ter o cuidado de entender essa consciência e de relacioná-la com as manifestações indesejáveis da sua vida. Esse passo essencial não deve ser desprezado pois, na verdade, é possível estar consciente, pelo menos até certa medida, de um desejo negativo e, não obstante, ignorar que o desejo negativo é a causa imediata de uma quantidade de manifestações na sua vida contra as quais você luta obstinadamente. E essa é exatamente a sua dor. Você luta contra algo que você mesmo induziu, e continua a induzir, enquanto, ao mesmo tempo, sempre haverá o impulso para a luz, para a inteireza, para o amor; a inclusão e a atitude construtiva, para a beleza e o desenvolvimento. A sua negação em relação à direção da integridade e o seu esquecimento dessa negação – o não saber que quer duas coisas opostas ao mesmo tempo – o confundem e causa-lhe dor.

Aqueles dentre vocês que reconhecem seus desejos negativos obtiveram nova força e esperança. Porque então você vê, primeiro como um princípio e uma possibilidade, como a sua vida pode ser quando você não tem mais desejos negativos, mesmo que não saiba ainda por que os abriga em primeiro lugar. Mas, simplesmente saber que os possui e, subsequentemente, fazer a sua conexão com os resultados indesejáveis, dar-lhe-á uma nova esperança e uma nova perspectiva.

Aqueles que ainda não tiveram essa percepção devem tentar ao máximo descobrir seus desejos negativos. Na superfície, a maioria das pessoas não pode imaginar como pode abrigar desejos destrutivos. Medite e queira realmente descobrir o que está em você. Fazer isso é ainda mais difícil quando se nega persistentemente aqueles aspectos da vida que deixam algo a desejar, e não se quer encarar o fato de perder algo, de sofrer por alguma coisa. Esse tipo de negação do que você realmente sente e daquilo que lhe falta torna impossível a produção de verdadeira satisfação na sua vida.

Portanto, pergunte-se: “Eu experimento tudo ao máximo do meu potencial? O que possivelmente me perturba mais do que eu admito?” essa seria a primeira pergunta pertinente para aqueles cuja tendência é fugir das próprias insatisfações, de negá-las, atenuá-las, falsificando a situação. E então, é claro, há aqueles que estão muito agudamente consciente do seu sofrimento e daquilo que lhes falta, mas que estão desligados do mecanismo interior que quer o resultado negativo. Este Trabalho do Caminho” prossegue com a tomada de consciência dos desejos negativos deliberados, ou do ato de evitar resultados positivos, o que vem a ser a mesma coisa. Isso, como você pode ver é um importante marco em toda a sua rota de evolução. Isso constitui a diferença entre sentir-se uma indefesa folha ao vento e sentir-se governante de si mesmo, autônomo. O princípio de ciclos ou círculos – quer sejam benignos ou viciosos  é sempre o princípio da autoperpetuação. A autonomia é positivamente auto perpetuadora, posta em movimento pela consciência da realidade.

Ciclos auto perpetuadores

Quando atinge certo grau de percepção do interior da sua psique, você vê como ambas as atitudes, a positiva e a negativa, são auto perpetuadoras. Tome, por exemplo, qualquer atitude sadia. Quando você é expansivo, construtivo, aberto, compreensivo, todas as coisas são fáceis. Você não tem que despender muito esforço. Elas perpetuam a si mesmas. Você nem mesmo tem que gastar energia em nenhum tipo deliberado de meditação. Por si mesmos, os seus pensamentos, atitudes e sentimentos positivos. Esses, por sua vez, criam mais pensamentos, atitudes e sentimentos positivos. Esses por sua vez, criam satisfação, produtividade, paz e dinamismo. O princípio é exatamente o mesmo em situações negativas. Nesse caso, as forças auto perpetuadoras só podem ser modificadas por um processo deliberado que pões algo novo em movimento.

É também importante que você entenda e visualize que as esferas da consciência operam exatamente de acordo com as direções que nós discutimos. Em outras palavras, o princípio e a direção positivos são a esfera da realidade, na qual existe uma ilimitada autoperpetuação em qualquer aspecto em que a consciência perceba a existência dessa integridade e abundância inexauríveis.

O nível de personalidade que quer o negativo e segue essa direção cria um novo mundo, ou nova esfera psíquica, encobrindo o mundo original, positivo. Imagens e formas – os produtos de atitude, pensamentos e sentimentos – criam esse mundo negativo. Existem muitas variações, graus e possibilidades, de acordo com a força dos desejos negativos, com a consciência dos desejos, tanto positivos quanto negativos, e com o equilíbrio entre os dois tipos de desejo. Você pode obter uma ideia aproximada disso comparando a sua própria mudança de consciência com a sua negação inconsciente anterior da experiência positiva, ou mesmo do seu desejo direto do negativo. Você verá que essa diferença constitui outra esfera da consciência, um mundo diferente, com sabor e atmosfera próprios.

O mundo físico, material, em que você vive manifesta o positivo e o negativo e apresenta uma combinação dos dois. Tudo isso existe dentro e fora de você – num ser sem tempo nem espaço. Você pode e deve atingir esses mundos no interior da sua psique tornando-se agudamente consciente deles. Eles são o produto das suas próprias autoexpressões, das suas várias esferas de consciência. Você deve atravessá-los, camada por camada, no seu interior. Onde quer que você esteja relativamente livre de desejos negativos, será bastante simples e fácil entender, sentir e experimentar o mundo da verdade, no qual todo o bem existe e perguntar a si mesmo. Portanto, não há necessidade de conflito, de dúvida, de medo ou de privação. Nessas áreas, você vai descobrir que abre destemidamente o coração para experiência positiva e dinâmica, que se move eternamente na direção de mais desdobramento, de mais felicidade, de mais inclusão, uma vez que você não barra esse movimento com a sua mente temerosa, mantendo-o preso e estagnando-o. Essas esferas estão lá; elas não só existem nas profundezas da sua psique, onde você pode sentir a vida eterna de toda existência, mas também se manifestam na sua vida exterior. É útil tomar consciência delas também, para que você possa compará-las adequadamente.

E então, naturalmente, sempre há o problema principal: a área da sua psique existe o medo do positivo e, portanto, a sua negação. Consequentemente, a privação e o sofrimento se manifestam na sua vida exterior. Você deve experimentar plenamente essa esfera dentro da sua consciência, de modo a poder transcendê-la pela transformação de si mesmo. Você deve vivê-la totalmente, não negando ou lutando para se afastar, mas vendo-a e aceitando-a, aprendendo a compreender a sua natureza. É isso o que quer dizer atravessá-la, passar por ela. Quando essa esfera é afirmada e avaliada como uma realidade temporária, só então o mundo subjacente, auto perpetuador, de bem, pode ser alcançado, e nele você não tem mais que procurar, tatear e querer, mas sabe que tudo já é seu, mesmo antes de tê-lo alcançado.

Sempre que você está separado dos outros, das outras criaturas humanas, você por certo está no mundo negativo, numa negatividade auto perpetuadora, que você cultiva através dos seus desejos destrutivos. Você não pode, portanto, deixar de sofrer, porque nega  e ignora o significado total do conflito que assim se desenvolve. O conflito varia de indivíduo para indivíduo e, num dado indivíduo, de fase para fase, e mesmo às vezes de uma hora para outra, porque em diferentes momentos surgem diversas direções de desejos. Elas se alternam na predominância em qualquer momento dado.

Portanto, sempre haverá em você um conflito incessante no qual um lado porfia em direção à integridade e à união com as outras criaturas de muitas formas diferentes: rumo ao amor e à compreensão, para a consideração, para dar e receber. Mas sempre existe ainda esse outro lado que nega a direção anterior, que a teme e resiste a ela. Em consequência disso, existe uma dor particular, e quanto maior a negação, maior a dor.

A dor é gravada pelo conflito que se instaura com a outra pessoa. Pois você não deve esquecer, meu amigo, que é bastante doloroso que você queira e não queira, alternadamente, relacionar-se e amar por um lado, e odiar, rejeitar e retirar-se por outro. Isso fica infinitamente mais complicado quando esse conflito é multiplicado por uma segunda pessoa em cujos parâmetros você penetra e que mantém uma luta interior semelhante.

O prazer negativamente orientado

Ambas essas direções, a positiva e a negativa, estão ligadas ao princípio do prazer. É essa conexão que torna tão difícil abrir mão da direção negativa e mudar. O princípio do prazer positivo e negativamente orientado parte você em pedaços. Por si mesmo ele lhe inflige dor, mas isso não existe apenas em você. Ele também existe naqueles com quem você está envolvido nesse conflito e a quem você não consegue decidir se ama ou não, ou ainda se os rejeita. Caso estivessem em perfeito equilíbrio e livres dessa divisão interior, eles certamente não seriam afetados pela sua luta. A harmonia deles com as forças universais e o alto grau de consciência por eles possuído serviriam de proteção contra a sua negatividade e a tensão resultante entre os impulsos positivo e negativo. Se fosse possível, apenas a título de argumento, que um ser tão evoluído pudesse entrar num relacionamento com uma pessoa comum que é destroçada por essa luta, a última ainda sofreria por causa de sua própria divisão. Mas como tudo fica mais complicado quando a outra pessoa está numa posição semelhante, pois então o conflito não é duplo, mas é um conflito composto, quádruplo. Imagine as muitas possibilidades matemáticas que surgem de uma situação assim, com todas as suas consequências psicológicas de incompreensão, julgamento errado e mágoa, os quais, por sua vez, criam mais negatividade.

Imaginemos duas pessoas, A B. “A” expressa momentaneamente a direção positiva orientada pela união. “B” está com medo dessa expressão e, portanto, se retira e rejeita “A”. Consequentemente, “A” novamente fica convencido de que o movimento sadio da alma em direção à união era arriscado e doloroso e, portanto, retorna ao negativo e à negação. Como isso é muito doloroso, o princípio de prazer negativo se liga a esse fato, tornando a dor mais suportável. E então “A” vai deleitar-se insuportável e, então, “B” aventura-se a sair enquanto “A” está num buraco negro. Isso vai prosseguindo, por vezes em aberta oposição, embora em alguns momentos possa haver uma conjunção fugaz. Por vezes, a direção positiva de “A” encontra a direção negativa de “B”; outras vezes, ocorre o contrário; outras vezes ainda, ambas as correntes negativas estão em ação, ambos se retiram ou se antagonizam. Em outras ocasiões, ambos se aventuram temporariamente no positivo, mas, uma vez que o princípio negativo ainda existe neles, a posição positiva é apenas tateante, é tão incerta e temerosa, tão dividida, tão defensiva e apreensiva que essas  emoções negativas a respeito da direção positiva mais cedo ou mais tarde produz resultados negativos. Estes são, então, atribuídos à aventura positiva, antes que às emoções problemáticas a seu respeito. É inevitável que a direção negativa assuma novamente o controle depois desses períodos de possibilidade mútua, até que o lado negativo, destrutivo e cheio de negação, seja plenamente compreendido e eliminado.

A direção negativa e destrutiva não seria tão feroz e tão difícil de superar se o princípio do prazer não estivesse ligado a ela. Você se encontra na posição de não querer separar-se do prazer precário que retira da indulgência para os sentimentos e as atitudes destrutivas. Isso pode evoluir sutilmente, insidiosamente e inadvertidamente quando um indivíduo começa a seguir numa direção saudável e construtiva.

Tomemos o seguinte exemplo, que pode provar-se útil para todos. Suponha que, no seu caminho para a autorrealização, você obtenha força e autoconfiança. Onde você sentia incerteza e culpa ao sentir um atrito com outra pessoa, você agora experimenta uma nova calma interior, certeza de si mesmo e uma força e flexibilidade que nunca soube que existiam. Da antiga maneira, você poderia ter reagido de forma submissa para aliviar a sua culpa, ou com agressão hostil para aliviar o desprezo por si mesmo, causado pela sua incerteza. O que quer que fizesse, como quer que reagisse, com a sua negatividade e dúvida, você estava apegado ao princípio negativamente orientado do prazer. Você gostava dos seus problemas. Agora você progrediu. Você se experimentou de uma nova maneira; em lugar de escolher a dúvida incômoda, você obtém percepção do motivo pelo qual a outra pessoa se comporta desse jeito. No momento, essa compreensão torna-o livre, forte e lhe dá mais objetividade quanto a si mesmo e à outra pessoa. Em outras palavras, o princípio auto perpetuador de percepção e compreensão foi posto em movimento.

Mas então o princípio negativo de prazer ainda existente, porque ainda não totalmente reconhecido, liga-se à sua compreensão da negatividade da outra pessoa. Você começa a se convencer a prestar mais e mais atenção aos defeitos e à cegueira da outra pessoa, e começa inadvertidamente a gostar disso. Você não distingue imediatamente entre os dois tipos diferentes de prazer. O primeiro vem quando você observa com distanciamento o que existe no outro, e isso o faz livre; o segundo aparece quando você prazerosamente consente no erro do outro, e isso, o cega. O que você notou no outro a princípio vai acumular-se até que o velho prazer negativo tenha reaparecido numa nova roupagem. É aí que você perde a harmonia e a liberdade, porque consente novamente no prazer negativo. Esse é um exemplo de como isso pode acontecer insidiosamente sempre que as velhas raízes ainda existam sem que sejam observadas.

Aqui, meus amigos, a continuação do Trabalho do Caminho”  torna-se mais clara e mais concisamente definida. Vocês têm as ferramentas imediatas para sair em campo e descobrir o que acabei de expor.

Abençoados sejam, todos vocês. Recebam esse caloroso fluxo de amor que os rodeia. Abram-se para ele, pois esse amor é verdade e essa verdade é vida. E essa vida é sua; basta pedir. Os corajosos passos que todos vocês dão têm um significado. Que vocês sempre saibam disso. Cada admissão de algo negativo que existe em vocês contribui mais para o processo universal de inteireza que qualquer coisa imaginável. Assim, prossigam neste caminho. Abençoados sejam. Fiquem em paz. Fiquem com Deus!

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  Introdução                                                                                                                                ...